Engraçado, me deparando com uma pergunta rotineira "como você tá?" "tudo bem?", comecei a pensar e fiquei na dúvida de como responder. Considerando-se os problemas que ando encarando, principalmente nesta última semana, pensei em responder "indo". Mas aí percebi que estou sorrindo. Respondi "estou bem, e você?".
Por que nós temos essa mania de querer mostrar pros outros o quanto a nossa vida é miserável a cada coisa ruim que acontece? Você tá perdida na vida? Não sabe o que fazer do futuro? Seu namorado te deu um pé na bunda? Seus amigos são uns falsos? E aí? Vai ficar fazendo drama pra cada alma viva que te perguntar como você está? Vai ficar chorando pelos cantos, fazendo cara de coitada pra ver se aparece alguém com pena de você pra que você se sinta melhor pois, pelo menos, alguém tem um bocado de piedade? Vai ficar emburrada o dia todo, responder sorrisos com um sorriso amarelo, pra poder mostrar o quão miserável está? Ah, cresça!
Não sou a favor do "tem gente com muito mais problema que você" porque acredito que cada um carrega sua cruz, no peso que aguenta carregar. Mas a forma de encarar os problemas, esse sim é um fato a ser discutido. É engraçado quando às vezes pessoas com tantos problemas são tão felizes, e pessoas que têm tudo vivem numa vida vazia e infeliz. Por que isso?
As pessoas tentam colocar a culpa em outras, ou nas circunstâncias. "Estou sem emprego". "Fulano destruiu minha vida". "Tenho uma dor crônica insuportável". Não. Nada disso é motivo pra fugir dos problemas ou se afundar neles. Pelo contrário.
Tá sem emprego? Bom, lute pra arrumar um. E lembre-se que estar miserável, mal cuidado, com um olhar triste, não vai ajudar ninguém a te contratar. Fulano te machucou? Porque você deixou ser machucado. Cuide de si mesmo e ninguém poderá te machucar. A dor de perder algo que se aprecia, seja um amigo, um namorado, um computador, celular, um pouco da sua saúde, ela existe, não adianta negar, fingir que não está lá, ignorar. Não é isso que eu estou dizendo.
Sim, eu estou com dor. Eu perdi muito, eu estou muito perdida, e tudo isso dói, tudo isso é difícil, mas... Sim, eu seria MAIS feliz se pudesse ter tudo que eu gosto, as pessoas que eu amo, as coisas que eu quero, se soubesse a resposta, o caminho a seguir... Mas, eu sou feliz, mesmo assim. Porque eu tenho, hoje, amigos que me divertem e me fazem sorrir. Porque eu assisti uma série que me fez dar risada. Porque eu sou eu e só por isso eu sou feliz, porque eu nasci, porque eu estou aqui, porque eu sou quem sou e tenho muito orgulho disso. Porque eu tenho meus problemas, mas estou enfrentando da melhor maneira possível. Porque tenho meus defeitos, mas estou tentando melhorar. Porque sei que a mudança vem de dentro, e não adianta ficar choramingando pelos cantos. É pra isso que eu estou nessa vida, pra aprender e melhorar. E quando estamos bem com nós mesmos, quando buscamos melhorar o que há dentro da gente, o que está por fora também muda, pra melhor.
Então, "como vai você?". Bom, eu tenho alguns problemas, isso é óbvio, certo? Mas apesar disso...
Eu estou bem sim, obrigada.
domingo, agosto 19, 2012
Realidade vs. Ilusão
Encarar a realidade, dando valor aos pontos positivos, mas nunca ignorando os negativos, apenas os encarando como uma forma de aprendizagem e autodesenvolvimento, pode ser mais doloroso e difícil, mas apresenta mais sucesso do que viver na ilusão, na negação da dureza da realidade, na fuga pelo caminho mais fácil. Prefiro admirar a realidade com suas qualidades e defeitos do que me encantar pela ilusão e perder o encanto ao descobrir que o mundo não é perfeito. Viver na ilusão só nos traz uma ilusória, falsa felicidade, com um vazio constante. Aprender a viver na realidade, porém, por mais difícil que seja, nos traz uma satisfação igualmente real.
Não entendo porque as pessoas têm essa mania de se encantar pela ilusão. Admiram algo ou alguém até certo ponto, até o momento que só os pontos positivos estão claros, até o momento que os pontos negativos são "uma gordurinha ali" ou "uma risada estranha". Quando os defeitos reais aparecem, a ilusão desaparece, o encantamento também. Por que? Não consigo compreender porque a realidade torna as coisas tão ruins. Nada é perfeito, será que ninguém entendeu isso ainda? Não existe perfeição. O que existe é "valer a pena".
Eu, pessoalmente, admiro ainda mais, principalmente as pessoas, depois de conhecer seus defeitos. É como se eu olhasse e pensasse "que bom, essa pessoa é tão humana quanto eu e mesmo assim consegue ser brilhante". A capacidade das pessoas de serem algo positivo pra outras, pro mundo, apesar de seus defeitos, isso é que as torna mais admiráveis. Ser perfeito provavelmente seria fácil demais. Quero ver você encarar a vida positivamente, agir da melhor maneira, errar sim, mas buscar sempre melhorar, com esse monte de defeitos que tem. Isso sim é difícil. Isso sim é admirável. É por isso que eu me encanto.
Mas algumas pessoas preferem criar ilusões onde é fácil criá-las, viver uma vida "mais ou menos", miserável de fato, através de ilusões criadas sobre uma realidade muitas vezes terrível, do que encarar a dura realidade e fazê-la melhor, não pela ilusão, mas encarando os problemas. Algumas pessoas preferem conviver com pessoas falsas, sem caráter, que buscam só pelos próprios interesses, passando por cima do sentimento de quem for para isso, pois é mais fácil viver com a ilusão de que essas pessoas são perfeitas (já que elas escondem seus defeitos na sua falsidade), do que encarar pessoas reais, com defeitos reais, e tentar crescer ao lado delas.
Infelizmente, essas pessoas só aprendem sofrendo quando a realidade dá um soco na cara delas, ou, muitas vezes, mesmo depois de muitos socos, elas continuam fugindo da realidade, pois tem mais medo de se machucar com algo intenso e real do que com algo leviano como uma ilusão.
Eu prefiro viver na realidade do que encarar o constante vazio da ilusão e de ter uma vida miserável, "mais ou menos", quando existe a possibilidade (e eu quero lutar por ela) de ter uma vida "espetacular".
Não entendo porque as pessoas têm essa mania de se encantar pela ilusão. Admiram algo ou alguém até certo ponto, até o momento que só os pontos positivos estão claros, até o momento que os pontos negativos são "uma gordurinha ali" ou "uma risada estranha". Quando os defeitos reais aparecem, a ilusão desaparece, o encantamento também. Por que? Não consigo compreender porque a realidade torna as coisas tão ruins. Nada é perfeito, será que ninguém entendeu isso ainda? Não existe perfeição. O que existe é "valer a pena".
Eu, pessoalmente, admiro ainda mais, principalmente as pessoas, depois de conhecer seus defeitos. É como se eu olhasse e pensasse "que bom, essa pessoa é tão humana quanto eu e mesmo assim consegue ser brilhante". A capacidade das pessoas de serem algo positivo pra outras, pro mundo, apesar de seus defeitos, isso é que as torna mais admiráveis. Ser perfeito provavelmente seria fácil demais. Quero ver você encarar a vida positivamente, agir da melhor maneira, errar sim, mas buscar sempre melhorar, com esse monte de defeitos que tem. Isso sim é difícil. Isso sim é admirável. É por isso que eu me encanto.
Mas algumas pessoas preferem criar ilusões onde é fácil criá-las, viver uma vida "mais ou menos", miserável de fato, através de ilusões criadas sobre uma realidade muitas vezes terrível, do que encarar a dura realidade e fazê-la melhor, não pela ilusão, mas encarando os problemas. Algumas pessoas preferem conviver com pessoas falsas, sem caráter, que buscam só pelos próprios interesses, passando por cima do sentimento de quem for para isso, pois é mais fácil viver com a ilusão de que essas pessoas são perfeitas (já que elas escondem seus defeitos na sua falsidade), do que encarar pessoas reais, com defeitos reais, e tentar crescer ao lado delas.
Infelizmente, essas pessoas só aprendem sofrendo quando a realidade dá um soco na cara delas, ou, muitas vezes, mesmo depois de muitos socos, elas continuam fugindo da realidade, pois tem mais medo de se machucar com algo intenso e real do que com algo leviano como uma ilusão.
Eu prefiro viver na realidade do que encarar o constante vazio da ilusão e de ter uma vida miserável, "mais ou menos", quando existe a possibilidade (e eu quero lutar por ela) de ter uma vida "espetacular".
segunda-feira, julho 09, 2012
Eu dou valor às coisas simples.
Aquele momento em que as coisas mais simples te fazem feliz.
Você encontra alguém que cuida de você a noite toda sem nem ao menos saber se você vai corresponder. Alguém que fica por horas conversando com você e mesmo assim o assunto parece nunca acabar. Você sorri a cada palavra dele, a cada característica, gosto, ideia, que tem a ver com você. V de Vingança, heróis da Marvel, você ainda não viu Star Wars mas é doida pra ver, ele ainda não leu o Guia do Mochileiro das Galáxias mas começa e gosta tanto quanto você. Simples. Perfeito.
Você vê no olhar dele aquela mesma emoção ao escutar Nirvana que você sente, o entendimento da essência da música que poucos têm. A paixão. A paixão de viver, a paixão por tudo que há na vida. A simplicidade da vida. Tomar milk shake e o papo não para. Sentar no banco da praça e beijar, e conversar, e se olhar, se admirar...
Você encontra aquela pessoa que te busca depois da aula nem que seja pra ficar um tempinho só com você. Aquela pessoa que te lembra todos os dias, pelo menos uma vez por dia, o quanto você é amada. Que faz questão de que você acorde todas as manhãs e tenha uma mensagem pra ler e dar o primeiro sorriso da manhã, e se sentir amada. E todo mundo à sua volta repara no quanto você nunca esteve tão feliz, tão animada com tudo, tão motivada, tão radiante. E todos percebem o quanto vocês são simplesmente perfeitos um para o outro. Finalmente, alguém que te mereça, e alguém que mereça ele. Isso é romantismo.
E, com o tempo, ela se torna a pessoa pra quem você sabe que pode contar tudo, e que te conta tudo. Aquela pessoa a quem você recorre quando acontece algo que te chateia, ou que te empolga. Você liga depois da aula quando está puta com o professor, ou com um colega da turma. Você liga quando faz uma compra e fica feliz. E você a escuta contar tudo, os problemas, as situações engraçadas, e sente tanto prazer em ouvir, em saber que essa pessoa também conta com você, em primeiro lugar com você, por mais que você não esteja entendendo nada do que ela está dizendo. Ele se sente bem em te contar, simplesmente por poder contar com você. Isso é apoio.
Tudo tão simples, e tão perfeito. Mas vocês são humanos, malditos humanos. Querem complicar tudo. E as dúvidas sem sentido surgem. Será que sou o bastante? Será que é isso que eu queria? É diferente do antes, será que o antes me faz falta? Será que vai algum dia fazer falta?
E as brigas com motivos inexistentes, hipotéticos, as brigas pelos "e se", surgem. Vocês, humanos malditos. Destroem a simplicidade que a vida os deu.
E quando tudo se perde, não é o complicado que faz falta. Não é aquilo que você imaginou, não é a hipótese imbecil que você levantou.
O simples faz tanta falta. Ligar quando algo acontece. "Bom dia, estou no trabalho". "Oi, como foi seu dia?". "Amo você". Tanta, tanta falta.
E nesse momento, um simples "oi" faz seu coração disparar ao ponto de parecer que vai sair pela boca. Você finalmente aprendeu, humano maldito, você aprendeu a dar valor às coisas simples. Será que ainda dá tempo?
Você encontra alguém que cuida de você a noite toda sem nem ao menos saber se você vai corresponder. Alguém que fica por horas conversando com você e mesmo assim o assunto parece nunca acabar. Você sorri a cada palavra dele, a cada característica, gosto, ideia, que tem a ver com você. V de Vingança, heróis da Marvel, você ainda não viu Star Wars mas é doida pra ver, ele ainda não leu o Guia do Mochileiro das Galáxias mas começa e gosta tanto quanto você. Simples. Perfeito.
Você vê no olhar dele aquela mesma emoção ao escutar Nirvana que você sente, o entendimento da essência da música que poucos têm. A paixão. A paixão de viver, a paixão por tudo que há na vida. A simplicidade da vida. Tomar milk shake e o papo não para. Sentar no banco da praça e beijar, e conversar, e se olhar, se admirar...
Você encontra aquela pessoa que te busca depois da aula nem que seja pra ficar um tempinho só com você. Aquela pessoa que te lembra todos os dias, pelo menos uma vez por dia, o quanto você é amada. Que faz questão de que você acorde todas as manhãs e tenha uma mensagem pra ler e dar o primeiro sorriso da manhã, e se sentir amada. E todo mundo à sua volta repara no quanto você nunca esteve tão feliz, tão animada com tudo, tão motivada, tão radiante. E todos percebem o quanto vocês são simplesmente perfeitos um para o outro. Finalmente, alguém que te mereça, e alguém que mereça ele. Isso é romantismo.
E, com o tempo, ela se torna a pessoa pra quem você sabe que pode contar tudo, e que te conta tudo. Aquela pessoa a quem você recorre quando acontece algo que te chateia, ou que te empolga. Você liga depois da aula quando está puta com o professor, ou com um colega da turma. Você liga quando faz uma compra e fica feliz. E você a escuta contar tudo, os problemas, as situações engraçadas, e sente tanto prazer em ouvir, em saber que essa pessoa também conta com você, em primeiro lugar com você, por mais que você não esteja entendendo nada do que ela está dizendo. Ele se sente bem em te contar, simplesmente por poder contar com você. Isso é apoio.
Tudo tão simples, e tão perfeito. Mas vocês são humanos, malditos humanos. Querem complicar tudo. E as dúvidas sem sentido surgem. Será que sou o bastante? Será que é isso que eu queria? É diferente do antes, será que o antes me faz falta? Será que vai algum dia fazer falta?
E as brigas com motivos inexistentes, hipotéticos, as brigas pelos "e se", surgem. Vocês, humanos malditos. Destroem a simplicidade que a vida os deu.
E quando tudo se perde, não é o complicado que faz falta. Não é aquilo que você imaginou, não é a hipótese imbecil que você levantou.
O simples faz tanta falta. Ligar quando algo acontece. "Bom dia, estou no trabalho". "Oi, como foi seu dia?". "Amo você". Tanta, tanta falta.
E nesse momento, um simples "oi" faz seu coração disparar ao ponto de parecer que vai sair pela boca. Você finalmente aprendeu, humano maldito, você aprendeu a dar valor às coisas simples. Será que ainda dá tempo?
domingo, julho 08, 2012
Presente.
Estou aprendendo a viver o agora, nem o antes nem o depois. Não é um aprendizado fácil. Tudo que já aconteceu me marca, me afeta, me acostuma, me acomoda, ou me faz falta. Mesmo que não seja melhor que o presente. E aí eu perco o presente por dar mais valor ao que passou. Tudo que ainda está pra acontecer me deixa ansiosa, me cria expectativas e me faz crer que o futuro também é melhor que o presente. E por isso, eu quero adiantar o futuro, e mais uma vez, eu perco o presente.
Estou aprendendo. O aprendizado pode ser demorado, mas é real. A cada dia que passo, me sinto mais certa do hoje e menos certa do amanhã. Me sinto mais presente no hoje, e menos no ontem. A cada dia que passa, dou mais valor ao que tenho do meu lado, não esquecendo, não desvalorizando, não ignorando, mas cada vez mais distante do que já passou e do que virá. A cada dia que passa, é mais um dia que passou, e é menos um dia a se passar. E nada disso importa.
Estou vivendo o presente, como um presente que a vida me deu.
Estou aprendendo. O aprendizado pode ser demorado, mas é real. A cada dia que passo, me sinto mais certa do hoje e menos certa do amanhã. Me sinto mais presente no hoje, e menos no ontem. A cada dia que passa, dou mais valor ao que tenho do meu lado, não esquecendo, não desvalorizando, não ignorando, mas cada vez mais distante do que já passou e do que virá. A cada dia que passa, é mais um dia que passou, e é menos um dia a se passar. E nada disso importa.
Estou vivendo o presente, como um presente que a vida me deu.