se tudo que até hoje vivi
e tudo que ainda hei de viver
se for este o preço
pago com prazer
se a cada sofrer
coração partido
tudo que teve de doer
que não é esquecido
cada passo difícil que eu der
valer por um olhar de amor
dos seus olhos de caramelo
não me rebelo
se esse deus existe
do meu jeito ou do seu
só tenho a agradecer
se eu fiz por merecer
tanta luz, tanta paz
e se hoje ainda caminho
me mantenho a seguir
não é porque temo o sozinho
é porque tenho a ti
as mãos dadas que tenho
em cada obstáculo
não haveria de ter de outro jeito
só tinha de ser com você
quarta-feira, setembro 18, 2013
domingo, setembro 01, 2013
Amor à prova d'água
O que torna um casal realmente forte? O que torna sua história bonita, o que faz crescer o valor do relacionamento? São as declarações quando tudo está bem, ou são as atitudes quando tudo está desabando?
Eu adoro assistir vídeos de pedidos de casamento super românticos, daqueles que o cara faz uma surpresa pra moça cheio de charadas tipo "caça-ao-tesouro", ou com sustos loucos como o do cara que fingiu que tinha caído do prédio, ou com aviões com faixas no céu, etc.. É tudo muito lindo, muito romântico, é legal ver que coisas que parecem só existir nos filmes acontecem na vida real.
Mas o que vale mais, um pedido de casamento assim, quando tudo tá lindo e é tudo fácil, quando o casal provavelmente tá naquele momento todo apaixonado e que não vê defeitos nem problemas, que fica cego de amor, ou uma prova de amor em meio a uma tempestade?
Me lembro do pedido de casamento do Jim pra Pam na série "The Office". Em um episódio, ele tinha planejado tudo pra fazer o pedido antes dela se mudar pra Nova Iorque pra ficar três meses por lá estudando, e ia ser um pedido lindo, numa festa que foi feita no estacionamento do prédio do escritório onde trabalhavam que estava linda, com direito até a roda-gigante. Pra melhorar tudo, Jim comprou fogos de artifício. Ele queria pedir no momento que estivessem assistindo aos fogos, se lembrando de um dos primeiros "encontros" que tiveram, ali mesmo, no prédio, no telhado, fugindo de uma outra festa. Estava tudo planejado pra ser perfeito, mas nada, muito menos os relacionamentos, são perfeitos não é? E algo aconteceu, outro rapaz do escritório (Andy) aproveitou o momento pra fazer o pedido publicamente no microfone para Angela, da contabilidade. E isso destruiu o momento pro Jim, que acabou não fazendo o pedido ali.
Pouco depois, Pam se mudou pra Nova Iorque e ele ainda não tinha feito o pedido. Eles, que estavam acostumados a estar juntos todos os dias, mal estavam se vendo, e Jim decide visitá-la, mas a visita é atrapalhada por uma colega de quarto de Pam. Tudo está dando errado, o dia de Jim está péssimo e Pam ainda está se adaptando à sua vida de estudante. E é naquele momento, aquele momento terrível, que Jim vê que não precisa ser perfeito, que nunca vai ser perfeito, mas que é exatamente isso que faz ser tão lindo. Porque, mesmo não sendo perfeito, vale tanto a pena, é estar do lado dela que o motiva em dias ruins como esses, mesmo quando ela não pode dar tanta atenção a ele, mesmo quando ela está ocupada com outras coisas e não pode dar o seu tempo pra ele, ainda assim ela sempre o faz sentir confortável em seu apoio, de alguma maneira. É no momento de crise que a gente vê o quanto realmente se importa com a outra pessoa, o quanto ela é importante pra gente, o bastante pra passar por cima dessas dificuldades e dar valor.
Ele liga pra ela e diz pra se encontrarem no meio do caminho, entre Nova Iorque e Scranton, num posto de gasolina. Está chovendo forte e eles estão ensopados, ali do lado de fora, não entram ainda no restaurante do posto, e é ali que ele vê que não importa a tempestade, ele quer estar do lado dela. Se ajoelha e faz o pedido.
Então o que vale mais, um pedido de casamento romântico e perfeito, mas que perde o sentido se uma coisinha sequer der errado, ou um que consegue se sobrepor às tempestades? O que vale mais, um casal aparentemente perfeito, mas que provavelmente não será forte o bastante pra continuar caso haja alguma dificuldade, ou um casal que tenha um valor superior aos problemas, e superior à necessidade de perfeição, que consiga continuar se amando e determinado a ficar junto principalmente nos momentos mais difíceis, principalmente nas tempestades?
Sabe, não se prova amor nos momentos bons. Nos momentos fáceis, qualquer um ama, qualquer um quer ficar junto pra sempre. O amor se prova e se fortalece é quando o casal tem certeza de que é aquilo que quer mesmo, e principalmente, nos momentos ruins. O amor se prova é na tempestade.
Eu adoro assistir vídeos de pedidos de casamento super românticos, daqueles que o cara faz uma surpresa pra moça cheio de charadas tipo "caça-ao-tesouro", ou com sustos loucos como o do cara que fingiu que tinha caído do prédio, ou com aviões com faixas no céu, etc.. É tudo muito lindo, muito romântico, é legal ver que coisas que parecem só existir nos filmes acontecem na vida real.
Mas o que vale mais, um pedido de casamento assim, quando tudo tá lindo e é tudo fácil, quando o casal provavelmente tá naquele momento todo apaixonado e que não vê defeitos nem problemas, que fica cego de amor, ou uma prova de amor em meio a uma tempestade?
Me lembro do pedido de casamento do Jim pra Pam na série "The Office". Em um episódio, ele tinha planejado tudo pra fazer o pedido antes dela se mudar pra Nova Iorque pra ficar três meses por lá estudando, e ia ser um pedido lindo, numa festa que foi feita no estacionamento do prédio do escritório onde trabalhavam que estava linda, com direito até a roda-gigante. Pra melhorar tudo, Jim comprou fogos de artifício. Ele queria pedir no momento que estivessem assistindo aos fogos, se lembrando de um dos primeiros "encontros" que tiveram, ali mesmo, no prédio, no telhado, fugindo de uma outra festa. Estava tudo planejado pra ser perfeito, mas nada, muito menos os relacionamentos, são perfeitos não é? E algo aconteceu, outro rapaz do escritório (Andy) aproveitou o momento pra fazer o pedido publicamente no microfone para Angela, da contabilidade. E isso destruiu o momento pro Jim, que acabou não fazendo o pedido ali.
Pouco depois, Pam se mudou pra Nova Iorque e ele ainda não tinha feito o pedido. Eles, que estavam acostumados a estar juntos todos os dias, mal estavam se vendo, e Jim decide visitá-la, mas a visita é atrapalhada por uma colega de quarto de Pam. Tudo está dando errado, o dia de Jim está péssimo e Pam ainda está se adaptando à sua vida de estudante. E é naquele momento, aquele momento terrível, que Jim vê que não precisa ser perfeito, que nunca vai ser perfeito, mas que é exatamente isso que faz ser tão lindo. Porque, mesmo não sendo perfeito, vale tanto a pena, é estar do lado dela que o motiva em dias ruins como esses, mesmo quando ela não pode dar tanta atenção a ele, mesmo quando ela está ocupada com outras coisas e não pode dar o seu tempo pra ele, ainda assim ela sempre o faz sentir confortável em seu apoio, de alguma maneira. É no momento de crise que a gente vê o quanto realmente se importa com a outra pessoa, o quanto ela é importante pra gente, o bastante pra passar por cima dessas dificuldades e dar valor.
Ele liga pra ela e diz pra se encontrarem no meio do caminho, entre Nova Iorque e Scranton, num posto de gasolina. Está chovendo forte e eles estão ensopados, ali do lado de fora, não entram ainda no restaurante do posto, e é ali que ele vê que não importa a tempestade, ele quer estar do lado dela. Se ajoelha e faz o pedido.
Então o que vale mais, um pedido de casamento romântico e perfeito, mas que perde o sentido se uma coisinha sequer der errado, ou um que consegue se sobrepor às tempestades? O que vale mais, um casal aparentemente perfeito, mas que provavelmente não será forte o bastante pra continuar caso haja alguma dificuldade, ou um casal que tenha um valor superior aos problemas, e superior à necessidade de perfeição, que consiga continuar se amando e determinado a ficar junto principalmente nos momentos mais difíceis, principalmente nas tempestades?
Sabe, não se prova amor nos momentos bons. Nos momentos fáceis, qualquer um ama, qualquer um quer ficar junto pra sempre. O amor se prova e se fortalece é quando o casal tem certeza de que é aquilo que quer mesmo, e principalmente, nos momentos ruins. O amor se prova é na tempestade.

quarta-feira, março 06, 2013
Hostilidade gratuita
Infelizmente, hoje, faleceu o Chorão, do Charlie Brown Jr..
Não o conheci, não sou ninguém pra dizer quem ele era pessoalmente ou algo do tipo, mas estou triste sim pelo falecimento por conta do trabalho dele, que aprecio bastante. Mas queria postar aqui a respeito das manifestações relacionadas a esse acontecimento, principalmente no facebook, que estão me irritando um pouco, confesso.
Fico impressionada com a falta de equilíbrio das pessoas às vezes. Tem que por tudo no extremo, criticar, radicalizar, coisas que não fazem sentido nenhum. Seria isso falta do que fazer?
Sim, eu fiquei triste e tenho certeza que muitas outras pessoas ficaram com a morte do Chorão. Mas não é o fim do mundo e não tô agindo como se fosse, não vejo nada de demais em prestar uma homenagem a alguém que significou algo em minha vida de certa forma, mesmo que indiretamente, através das músicas que foram importantes na minha adolescência e especialmente no ano passado. Se você não gosta dele, ótimo, ignore o acontecimento que é o mais digno a se fazer. Piadinhas bobas a respeito da morte, eu sinceramente não me importo, inclusive curti muitas por aí, não sou uma pessoa que se abala muito com a morte em si, até mesmo por conta da minha crença, o que me importa mais é pensar que nunca poderei ir num show deles, ou que não haverá mais músicas novas, e também uma tristeza por ver uma pessoa que tinha um talento que eu admirava falecer assim tão cedo.
Agora, pra que ficar generalizando, ofendendo as pessoas que quiseram homenagear como eu, sem necessidade nenhuma? Tratando todos como "falsos fãs" e como se fossem todos desocupados, principalmente na mente, sofrendo extremamente como se tivesse morrido um parente ou algo do tipo, porque não é assim. Prestar uma homenagem não significa que estou completamente de luto, chorando nos cantos, sem conseguir fazer nada. Na verdade, passei o dia conversando com os amigos aqui, jogando um pouco no computador, comemorando o aniversário de um amigo, e ouvi um pouco de Charlie Brown Jr sim, por essa data ter me lembrado o quanto gosto da banda.
Acho que, na verdade, os reais desocupados, extremos, que estão realmente ocupando suas mentes e seus dias com a morte do Chorão não são os fãs que prestaram homenagem, mas sim os arrogantes de plantão que arrumam qualquer desculpa pra tentar ofender alguém, simplesmente pelo fato de que não tem nada melhor pra dizer, nada de bom sobre si mesmo, e aí é mais fácil tentar rebaixar os outros pra se sentir superior.
Sinceramente, isso pra mim é muito semelhante a extremistas religiosos / ateus e coisas do tipo. Eu fui lá no meu facebook e prestei minha homenagem porque eu estava afim, não pedi pra ninguém começar a gostar de Charlie Brown ou do Chorão, não tentei "converter" ninguém e nem falei pra me deletar quem não gostasse dele, muito menos ofendi quem tivesse opinião diferente da minha. Não gostou do post, ok, ignore, gire seu scroll e desça pro próximo post na sua página. Qual o problema? Tá te doendo os olhos ver? Agora, alguém me explica qual é a necessidade de se postar textos ou imagens hostilizando quem gosta do cara e/ou ficou triste com a morte? Qual a necessidade de se ofender alguém simplesmente por um gosto musical ou uma vontade de se fazer uma homenagem? Pra mim isso se chama CABEÇA PEQUENA. É e preocupar demais com coisas que não importam nada na verdade.
O fato é que estou usando deste momento pra botar pra fora algo que já me incomoda há muito tempo. Sinceramente, digo isso porque posso dizer, porque eu ajo assim, não há hipocrisia aqui. Não tem nada de agradável pra falar, fique quieto! Por que algumas pessoas querem sempre ter uma palavra agressiva, crítica, tentando ferir em resposta a qualquer ação de outras pessoas? Qual o intuito disso, tentar parecer superior? Pra mim a arrogância só gera um sentimento de superioridade no ego da própria pessoa, enquanto afasta o resto do mundo de si. E isso não torna ninguém um "incompreendido" ou tão superior que não consegue ter ninguém por perto por não haver ninguém à altura. Isso te torna pequeno o bastante pra não conseguir ter humildade de perceber que ninguém é maior que ninguém, e que as suas babaquices nunca vão te tornar superior em sentido nenhum, e trazer bem nenhum a ninguém, muito menos a você.
Não suporto hostilidade gratuita. Gentileza gera gentileza, respeito gera respeito, e ser uma pessoa amarga e rude não acrescenta nada a ninguém. Já passou da hora de começar a mudar o mundo, mudando cada um de nós por dentro pra começar.
"Quando as palavras não são tão dignas quanto o silêncio, é melhor calar e esperar." Eduardo Galeano
terça-feira, janeiro 29, 2013
Ser Conceitual vs. Ser Real
Esses dias tenho pensado bastante sobre como eu deveria voltar a blogar, e externalizar os sentimentos, nos quais tantas vezes me afogo e acabo tomando péssimas decisões no desespero de ir à superfície e respirar, de uma forma mais produtiva.
Pensando um pouco sobre minhas atitudes que eu mesma reprovo, acabei por concluir que o problema dos seres humanos não é conceitual. Não é o que acreditam, pensam, desejam e almejam. O problema é que muitas vezes somos de tal forma e temos limites que simplesmente não controlamos.
Quantas vezes fazemos coisas sabendo que estamos fazendo errado, sabendo que não é o melhor pra nós, sabendo que provavelmente trará consequências com as quais não desejamos lidar, e mesmo assim tomamos essa atitude? E por que? Por egoísmo, imprudência, por sermos inconsequentes? Não. Mas simplesmente porque nós não somos o que queremos, nós somos o que somos. Muitas vezes a gente quer muito agir de uma forma, é o que acreditamos certo, é o que acreditamos que fará bem pra gente. Mas simplesmente não conseguimos. Somos limitados.
Não que ache que seja certo continuar errando e justificar com "sou assim, aceite-me como sou". Acho completamente errado. Devemos sim buscar sempre melhorar, consertar nossos erros, lutar contra nossos próprios limites. Mas, pra começar essas mudanças, é necessário primeiro admitir, aceitar quem somos.
Não é conceitual. Não adianta pensar que o conceito na sua cabeça é que uma pessoa deve ser assim ou assado, agir assim ou assado, reagir assim ou assado. Ok, esse é o primeiro passo, SABER o que é certo. Mas não é só o conceito que nos torna pessoas mais corretas. O difícil mesmo são as ações.
Aproveito este espaço, completamente inabitado e psicologicamente conturbado, que não passa de um oásis de desabafos egoístas, sem o intuito de auxiliar nenhum outro ser a não ser o meu próprio, pra me abrir sobre o que eu sou e não quero ser, os meus limites divergentes aos meus conceitos idealistas. Eu tenho crises de tristeza sem controle. Eu sei que não vai adiantar fazer nada naquele momento, pensar, falar, conversar, discutir, eu sei que não deveria, mas meu coração simplesmente dói e as lágrimas desabam pela minha face, um sentimento desesperador preenche todo meu peito e eu PRECISO desabafar, chorar, questionar. Mas eu não quero. Eu tento esfriar a cabeça, me distrair, deixar pra lá, mas o aperto vai ficando cada vez mais forte e vai controlando minha mente.
Mas eu realmente não quero. Isso acaba comigo, e me faz dizer coisas a pessoas que não deveria dizer. Me faz ser injusta, me faz exprimir pensamentos esquizofrênicos e tão distantes, que não têm necessidade nenhuma de serem externalizados, e que só machucam as outras pessoas. Me faz perder outras pessoas. Pessoas que eu definitivamente não queria perder. E que, talvez, exatamente o medo de perdê-las, da rejeição, da desconsideração, de ser esquecida e deixada pra trás, de ser injustiçada e que todo o esforço que faço não tenha seu devido valor percebido, todo esse medo idiota seja um dos causadores dessas crises, e é exatamente o medo de perder que me faz perder.
Então, meu problema não é conceitual. Sei como devo agir, sei o que é certo, sei as consequências dos meus atos. Mas eu sou, eu tenho limites. E admito isso, e é admitindo que tomo esse primeiro passo para mudar essa realidade e superar minhas limitações.
Próximo passo: SEMPRE utilizar de recursos como escrever, desenhar, cantar, etc., para transformar dor e sentimentos ruins em algo produtivo, impedindo que se tornem mais um episódio de auto decepção em relação ao que acredito ser certo.
E o mais importante: eu acredito, eu posso, eu vou fazer isso.
"Do, or do not. There's no try." (Master Yoda)
Pensando um pouco sobre minhas atitudes que eu mesma reprovo, acabei por concluir que o problema dos seres humanos não é conceitual. Não é o que acreditam, pensam, desejam e almejam. O problema é que muitas vezes somos de tal forma e temos limites que simplesmente não controlamos.
Quantas vezes fazemos coisas sabendo que estamos fazendo errado, sabendo que não é o melhor pra nós, sabendo que provavelmente trará consequências com as quais não desejamos lidar, e mesmo assim tomamos essa atitude? E por que? Por egoísmo, imprudência, por sermos inconsequentes? Não. Mas simplesmente porque nós não somos o que queremos, nós somos o que somos. Muitas vezes a gente quer muito agir de uma forma, é o que acreditamos certo, é o que acreditamos que fará bem pra gente. Mas simplesmente não conseguimos. Somos limitados.
Não que ache que seja certo continuar errando e justificar com "sou assim, aceite-me como sou". Acho completamente errado. Devemos sim buscar sempre melhorar, consertar nossos erros, lutar contra nossos próprios limites. Mas, pra começar essas mudanças, é necessário primeiro admitir, aceitar quem somos.
Não é conceitual. Não adianta pensar que o conceito na sua cabeça é que uma pessoa deve ser assim ou assado, agir assim ou assado, reagir assim ou assado. Ok, esse é o primeiro passo, SABER o que é certo. Mas não é só o conceito que nos torna pessoas mais corretas. O difícil mesmo são as ações.
Aproveito este espaço, completamente inabitado e psicologicamente conturbado, que não passa de um oásis de desabafos egoístas, sem o intuito de auxiliar nenhum outro ser a não ser o meu próprio, pra me abrir sobre o que eu sou e não quero ser, os meus limites divergentes aos meus conceitos idealistas. Eu tenho crises de tristeza sem controle. Eu sei que não vai adiantar fazer nada naquele momento, pensar, falar, conversar, discutir, eu sei que não deveria, mas meu coração simplesmente dói e as lágrimas desabam pela minha face, um sentimento desesperador preenche todo meu peito e eu PRECISO desabafar, chorar, questionar. Mas eu não quero. Eu tento esfriar a cabeça, me distrair, deixar pra lá, mas o aperto vai ficando cada vez mais forte e vai controlando minha mente.
Mas eu realmente não quero. Isso acaba comigo, e me faz dizer coisas a pessoas que não deveria dizer. Me faz ser injusta, me faz exprimir pensamentos esquizofrênicos e tão distantes, que não têm necessidade nenhuma de serem externalizados, e que só machucam as outras pessoas. Me faz perder outras pessoas. Pessoas que eu definitivamente não queria perder. E que, talvez, exatamente o medo de perdê-las, da rejeição, da desconsideração, de ser esquecida e deixada pra trás, de ser injustiçada e que todo o esforço que faço não tenha seu devido valor percebido, todo esse medo idiota seja um dos causadores dessas crises, e é exatamente o medo de perder que me faz perder.
Então, meu problema não é conceitual. Sei como devo agir, sei o que é certo, sei as consequências dos meus atos. Mas eu sou, eu tenho limites. E admito isso, e é admitindo que tomo esse primeiro passo para mudar essa realidade e superar minhas limitações.
Próximo passo: SEMPRE utilizar de recursos como escrever, desenhar, cantar, etc., para transformar dor e sentimentos ruins em algo produtivo, impedindo que se tornem mais um episódio de auto decepção em relação ao que acredito ser certo.
E o mais importante: eu acredito, eu posso, eu vou fazer isso.
"Do, or do not. There's no try." (Master Yoda)